GOVERNO DE SC RECONHECE DIFICULDADES NAS AÇÕES DE COMBATE À PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

Ao participar hoje de reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que debateu as ações do governo frente à pandemia do coronavírus, o secretário estadual da Saúde, André Mota Ribeiro, reconheceu que o Estado tem dificuldade de organizar algumas questões dentro da rede e defendeu a necessidade de os municípios assumirem sua responsabilidade na gestão da crise.

Lembrou que dos 56 hospitais existentes, 13 são de gestão estadual e os demais são municipais ou filantrópicos. “Estamos reforçando as solicitações de prestação de contas dos recursos até agora disponibilizados para municípios e hospitais e de estoques de insumos que dizem respeitos às UTIs [Unidades de Terapia Intensiva].”
Mais 120 leitos de UTI poderiam ser ativados, totalizando quase 800 leitos exclusivos para atendimento de Covid-19, conforme o secretário, mas existem dificuldades de contratação de profissionais, de insumos e medicamentos.

A curva de óbitos e contágios (mais de 1,8 mil mortes e 121 mil casos confirmados) ainda está em aceleração e isso está relacionado a uma dificuldade extrema da população catarinense em entender a necessidade de distanciamento social, o que impacta diretamente nos serviços de saúde e na classificação de risco, de acordo com o gestor estadual. “De qualquer forma, o estado conseguiu se estruturar de uma forma que todos os cidadãos que precisam têm atendimento”, disse o secretário.

Questionado pelo deputado Vicente Caropreso sobre os instrumentos de controle da Secretaria da Saúde, o secretário informou que as tecnologias existentes estão sendo constantemente atualizadas, que as pessoas receberam treinamento, mas que precisa haver um esforço (nos municípios) de preenchimento correto das informações em plataformas como as salas de situação e o e-SUS. Já está em curso uma auditoria nos hospitais que receberam recursos para enfrentamento da Covid-19. O foco principal seria a gestão dos estoques de insumos para UTIS. “Já distribuímos medicamentos para todos os hospitais. Precisamos saber o que temos estocado, qual o consumo médio, o que cada ente precisa fazer.”

O secretário, ao informar que o governo já realizou 250 mil testes de Covid do tipo PCR e outros 250 mil testes rápidos, o deputado Neodi Sareta, presidente da Comissão de Saúde, perguntou por quê “insistir em testes rápidos se há indícios de que 60% dão resultados incorretos?”. O secretário respondeu que os testes rápidos têm aprovação da Anvisa. “O que se percebe é a forma de usar incorreta. Quando não se utiliza dentro do número de dias que precisa ser utilizado, dá resultados falsos negativos, por isso há necessidade de qualificação.”

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