A CPI dos Respiradores prossegue amanhã com mais quatro depoimentos : O CEO da empresa importadora de Joinville Brazilian International Business, Rafael Wekerlin; o representante de uma indústria de produtos médicos e fornecedora de respiradores , divisão do Panamá, Samuel de Brito Rodovalho; o sócio da empresa importadora de produtos médicos Oltramed, de Joinville, Gustavo Steglich, além do médico pneumonologista Márcio Martins que vai prestar informações sobre a pandemia, como os equipamentos indispensáveis para combate à doença..
A CPI também aprovou requerimento do relator, deputado Ivan Naatz (PL) para a reconvocação de duas testemunhas já ouvidas, a fim de dirimir dúvidas: o advogado Leandro Barros, que está preso preventivamente, dentro da Operação Oxigênio, e o Controlador-Geral do Estado, Luiz Felipe Ferreira. Os depoimentos estão previstos para a próxima terça-feira, dia 23. Leandro Barros já declarou, por seus advogados, que não tem interesse em voltar a depor na comissão.
E, dentre os depoimentos prestados na audiência de ontem, chamou a atenção as declarações da servidora da Secretaria de Estado da Saúde, Débora Brum ao afirmar que a responsabilidade pela autorização do pagamento pelos 200 ventiladores pulmonares adquiridos junto à Veigamed foi de Márcia Pauli, ex-superintendente de Gestão Administrativa da secretaria.
A testemunha explicou aos deputados que, conforme instruções internas da própria secretaria, o pagamento de R$ 33 milhões só poderia ser feito mediante a assinatura digital, com uso de senha pessoal e intransferível, da então superintendente Márcia Pauli nas duas notas fiscais encaminhadas pela Veigamed. Apenas com essa assinatura digital, conforme Débora, o pagamento das notas seria encaminhado para o Sistema Integrado de Planejamento e Gestão Fiscal (Sigef), no qual seria concretizado.
Para o relator Ivan Naatz , o depoimento da servidora Débora Brum foi claro, objetivo , documentalmente sustentável e trouxe avanços para o entendimento dos deputados sobre os procedimentos administrativos que não foram observados e que permitiram a fraude na aquisição e pagamento dos respiradores.