Mais de 120 obras em 66 municípios catarinenses, a maioria do sistema rodoviário estadual, continuam paralisadas e, estudos técnicos, apontam que são duas as causas principais dessa imobilidade: faltas de planejamento e gestão.
Levantamento do Tribunal de Contas aponta que 65 obras estão paradas e com valores contratados acima de R$ 1,5 milhão e menos de 1% delas não tem qualquer demanda judicial.
Já a Federação das Indústrias revela que a falta de planejamento e gestão resultam em
desperdícios de dinheiro público, como os projetos para implantação de ferrovias no estado. “Nos últimos dez anos foram para o ralo R$ 23 milhões destinados somente a projetos para ferrovias que não saíram do papel.”
Todos esses problemas foram debatidos hoje na Assembléia Legislativa durante audiência pública que reuniu parlamentares, técnicos da FIESC e do Tribunal de Contas, além de representantes do governo estadual. A audiência foi convocada pelo deputado Bruno Souza.
GOVERNO GARANTE PRIORIDADE NA RETOMADA DAS OPBRAS
O secretário de Estado da Infraestrutura, Carlos Hassler, informou que os dados apresentados não refletem a realidade das obras paralisadas no estado, lembrando que há outras com valores abaixo de R$ 1,5 milhão que começam a ser priorizadas pelo governo estadual. Afirmou que até o final deste ano as prefeituras estarão recebendo recursos para conclusão de obras já iniciadas e que estavam paradas.
“O governador Carlos Moiséis determinou que priorizássemos a retomada de obras paradas. Vamos diminuir esse passivo deixado por gestões passadas”, garantiu o secretário.