SINDICATO MOBILIZA ESCOLAS NA CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO CÂNCER INFANTIL

Com o propósito de divulgar maciçamente na comunidade escolar informações e práticas preventivas do câncer infantil, o professor Marcelo Batista de Souza, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina lançou uma campanha de mobilização que prevê trabalhos com alunos em sala de aula e a incorporação de conteúdos científicos nas disciplinas da área do conhecimento.

Denominada “Setembro Dourado”, a campanha envolve voluntários para advertir a sociedade sobre a alta incidência do câncer em crianças e adolescentes e propagar informações para que seja erradicada. Um dos pontos fortes do movimento é orientar as pessoas para que fiquem atentas aos sintomas do câncer, pois quanto mais cedo diagnosticado, maiores são as possibilidades de cura.

VOLUNTÁRIOS ENGAJADOS

E criada e mantida por voluntários, a casa AVOS, construída com recursos do Instituto Ronald McDonald, misto de hotel e hospital para acolher até 40 crianças portadoras de câncer, é exemplo bem-sucedido da ação da comunidade. Localizada perto do Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, é parte visível do trabalho quase anônimo de 80 voluntários e 35 profissionais dedicados diuturnamente a minimizar os efeitos da devastadora doença que acomete crianças de todas as idades.

Aliás, quando se fala em crianças vítimas de câncer ainda há muito a ser feito. Apoiadores espontâneos e especialistas reunidos na Associação de Voluntário de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão (AVOS), com o educador Marcelo Batista de Sousa, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de SC, preparam ações com vistas à divulgação de orientações preventivas da doença, que acomete a cada ano cerca de 12,5 mil pessoas no país.

Além da falta de médicos pediatras especialistas, há muita desinformação, o que torna ainda reduzidos os percentuais de cura. Segundo a Confederação Nacional de Instituições de Apoio à Criança e Adolescente Com Câncer, os índices de recuperação no Brasil ainda estão abaixo de 50% dos casos, o mesmo que ocorre na Venezuela, por exemplo, diz Rilder Campos, presidente da Confederação. As escolas particulares catarinenses vão divulgar maciçamente o “Setembro Dourado”, período da campanha preventiva.

COR DA MUDANÇA

Quem já ouviu falar em outubro rosa, novembro azul, setembro amarelo, mas e setembro dourado? A criação das cores para cada mês do ano tem o objetivo de alertar sobre certas doenças e divulgar o esforço de diversas pessoas contra elas. Assim como todas as outras, a campanha surgiu para alertar sobre um grande desafio enfrentado pela nossa sociedade.
O “Setembro Dourado” quer chamar a atenção para o câncer infanto-juvenil e, principalmente, para a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances da cura.

A ação liderada pela Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer – CONIACC -, com apoio do SINEPE/SC, e já conta com força e engajamento da Rede de instituições parceiras da oncologia pediátrica que de norte a sul do país atuam para disseminar a causa e mobilizar a comunidade para urgência do tema.
Falar sobre câncer infanto-juvenil é, sobretudo, falar sobre tempo. O câncer nos mais novos, além de ser confundido com os sintomas de doenças mais comuns, desenvolve-se muito rapidamente. Isso ocorre porque o crescimento da criança estimula o crescimento do tumor. Logo, quanto antes diagnosticado, maiores as chances de cura.

Ao contrário do câncer em adultos, não podemos correlacionar sua ocorrência com fatores externos como atuantes diretos. Para as crianças essa relação não fica muito clara. É por isso que o diagnóstico precoce é a melhor forma de conter os números alarmantes.
No Brasil, o câncer infanto-juvenil é primeira causa de morte por doenças na faixa etária de 0 a 19 anos. A cada hora, surge um novo caso da doença no Brasil E, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, infelizmente, os números de novos casos tende a aumentar nos próximos anos.

UM FIO DE ESPERANÇA

Há 30 anos as chances de cura eram de apenas 15%, hoje este índice pode alcançar até 80%, se diagnosticado precocemente e tratado adequadamente, no entanto, a média do Brasil ainda é 64%. Um fator que contribui muito com essa mudança é a capacidade de perceber os primeiros sinais da doença e iniciar o tratamento o quanto antes.

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