As declarações do secretário Estadual da Fazenda, Paulo Elí ao repórter Renato Igor da CBN Diário, de que bares e restaurantes sonegam impostos quando não emitem notas fiscais devidas aos clientes, foram rechaçadas em nota pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis.
Segundo a CDL o secretário da Fazenda Paulo Elí “contumaz no reprovável artifício de generalizar as coisas, a tudo nivelando por baixo, incorre em mais um comentário desrespeitoso com um importante segmento empresarial catarinense, gerador de empregos e, sobretudo, de divisas a abastecer os combalidos cofres estaduais. Dessa vez, o alvo de sua descompostura verbal são os bares e restaurantes instalados no Estado”.
As críticas do secretário foram feitas na sexta-feira após a reunião do governador Carlos Moisés com os representantes do agronegócio sobre a política de incentivos fiscais para os setores da agricultura.
A nota da CDL acrescenta mais: “para além de tudo isso, uma afirmação que denota escandalosa imprecisão com dados que, para quem ocupa tão relevante cargo, deveria ser de profundo conhecimento. É amplamente sabido que os tributos incidentes no setor de bares e restaurantes são, em larga maioria, arrecadados em regime de substituição tributária, instrumento queridíssimo do sr. Paulo Eli, que não mede esforços em ampliar sua utilização para vários outros setores para os quais a Substituição Tributária, é não só incongruente, mas uma verdadeira armadilha que estrangula a produção e os investimentos”.