GOVERNO FEDERAL PROMETE REESTUDAR TRANSFERÊNCIA DA ELETROSUL PARA O RS

foto Maurício Vieira/Secom

A possibilidade de incorporação da Eletrosul pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), do Rio Grande do Sul vem preocupando as autoridades catarinenses e, principalmente o governo que, se a instituição sair do Estado, vai haver uma queda significativa de impostos que a empresa recolhe aos cofres do Estado, sem contar que no setor energético, Santa Catarina é destaque na economia.

Aproveitando a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque que, no final de semana, esteve em Criciuma, o governador Carlos Moisés reiterou a preocupação do Estado com a transferência da Eletrosul para o Rio Grande do Sul.

De acordo com Bento Albuquerque, a decisão sobre a incorporação da Eletrosul não passa exclusivamente pelo Ministério, uma vez que a Eletrobras, sistema que controla as companhias, é uma empresa de economia mista listada em bolsa.

O governador disse que “o ministro afiançou um retorno com a equipe técnica da Eletrobras e do governo federal para esclarecer todas as dúvidas dos catarinenses sobre o receio de perda de receita e da sede da Eletrosul. Ele afirmou que há uma possibilidade de manutenção da estrutura da empresa no Estado”.

De acordo com Albuquerque, a decisão de a CGTEE incorporar a Eletrosul não passa exclusivamente pelo Ministério, uma vez que a Eletrobras, holding que controla as companhias, é uma empresa de economia mista listada em bolsa. “Essa operação não é de uma empresa abocanhando a outra. É uma decisão empresarial, que se trata de uma incorporação reversa. É de certa forma uma questão tributária. A Eletrosul é uma das principais empresas do grupo que está tentando se reerguer, e essa operação trará benefícios tanto para a Eletrosul quanto para a CGTEE”.

PEDIDOS SOBRE INFRAESTRUTURA

A Bancada Parlamentar do Sul também entregou ao governador Carlos Moisés uma carta de reivindicações da região que inclui obras de infraestrutura. O documento lista uma série de demandas e apresenta como solicitação integrada das três associações de municípios do Extremo Sul, Região Carbonífera e de Laguna a criação de um Projeto de Desenvolvimento Regional para o Sul de Santa Catarina. O documento quer identificar potenciais geográficos, recursos minerais, capacidade de mão de obra e vocações de cada polo regional. A sugestão é que o Porto de Imbituba seja o principal patrocinador da iniciativa.
“Todas as reivindicações feitas já estão em tratamento no Governo do Estado. Algumas obras estão inviabilizadas pela questão ambiental e já estamos em Brasília articulando isso. A manutenção das rodovias também está no nosso radar. Ou estamos prevendo recursos no nosso planejamento de manutenção ou estamos em busca da captação de recursos para atender as demandas tão breve isso seja possível”, complementou Moisés.

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