A Associação Brasileira dos Caminhoneiros descartou ontem qualquer possibilidade de uma greve nacional da categoria que foi anunciada na sexta-feira pela UDC, a União Caminhoneiros do Brasil. A associação diz que não reconhece a convocação de greve pela UDC que também não tem respaldo de sindicatos e outras entidades representativas dos caminhoneiros.
A ABCAN foi uma das entidades que liderou a greve de 11 dias no mês de maio.
E, para evitar ter, com uma nova greve, a mesma surpresa de maio, quando não acreditava na repercussão daquele movimento,o governo federal através da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que a tabela de preços mínimos de frete sofrerá ajustes em função do aumento de 13% sobre o préco do óleo diesel confirmado pela Petrobrás na última sexta-feira.
Como consequência ainda sobre a resposta do governo ao aumento do diesel, hoje, representantes da ANTT têm reunião com o ministro dos Transportes, Valter Casimiro Silveira, para definir um novo patamar para a tabela de frete.
Os caminhoneiros criticam a atuação da ANTT de não fiscalizar a tabela de preços dos fretes pelas transportadoras.
pedem, ainda, a demissão de toda a diretoria da agência.
Como acordo para terminar a greve de maio, o governo estipulou um subsídio da ordem de R$ 9,5 bilhões para contrapor em R$ 0,46 o preço do oleo diesel. Agora com o aumento de 13% decretado na ultima sexta-feira, seria necessário aumentar o teto do subsidio, mas o Ministério da Fazenda descarta essa possibilidade por falta de recursos no orçamento.
A greve do dia 21 de maio que durou 11 dias, provocando desabastecimento, causou prejuízo à economia de 10 bilhões de reais