A Prefeitura de Florianópolis, coloca no ar nesta sexta feira, a campanha “Pare o HIV Floripa 2020”, inaugurando as ações para o Dezembro Vermelho (Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis). As ações buscam dar uma resposta à epidemia de HIV na Capital. A campanha, baseada num programa das Nações Unidas, prevê que “até 2020, 90% de todas as pessoas vivendo com HIV saberão que têm o vírus. Até 2020, 90% de todas as pessoas com infecção pelo HIV diagnosticada receberão terapia antirretroviral ininterruptamente. Até 2020, 90% de todas as pessoas recebendo terapia antirretroviral terão supressão viral.
Amanhã, Dia Mundial de Combate ao HIV/AIDS, serão realizadas atividades em frente ao Ticen, com a entrega de materiais educativos, distribuição de preservativos por meio de uma marca itinerante que vai passar pelos bairros com orientação sobre os locais da rede que realizam testes rápidos, fornecem preservativos, atendem para Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) e tratamento para HIV.
Será lançado, ainda, o aplicativo “Aqui tem camisinha”. O objetivo deste app é orientar a população sobre os meios de prevenção e facilitar o acesso à rede de saúde e dos serviços que indicarão ao paciente quais os locais disponíveis para retirada de preservativos, Profilaxia Pré-exposição (PEP) e demais serviços oferecidos na área.
Florianópolis, é a segunda capital brasileira com maior número de casos de HIV e a terceira capital com a maior taxa de mortalidade (12,6 a cada 100.000 hab), mais que o dobro da taxa nacional (6,0). São mais de 5.500 pessoas que sabem que estão vivendo com HIV na cidade, porém muitas outras ainda não sabem de seu diagnóstico.
Florianópolis é um dos 12 municípios brasileiros a iniciar a distribuição da chamada Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), medicamento capaz de prevenir a transmissão do vírus HIV – responsável por desenvolver a Aids, doença que enfraquece o sistema imunológico. O trabalho será iniciado na Policlínica do Centro assim que o Ministério da Saúde disponibilizar aos municípios o medicamento.
As pessoas que receberão o medicamento são aquelas consideradas vulneráveis à exposição do HIV, análise que será feita pelos profissionais da Secretaria de Saúde da Capital. As pessoas que receberão a PrEP vão tomar diariamente o comprimido e terão que buscá-lo a cada mês, quando farão consulta médica de acompanhamento. A substância é indicada apenas para quem não teve nenhum tipo de contaminação com o vírus. Ela funciona como uma barreira contra a infecção.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a eficácia e a segurança da PrEP foram comprovadas por estudos científicos e podem reduzir a infecção pelo HIV em mais de 90%. Mesmo assim, ela não substitui as outras medidas de prevenção, como uso de camisinha – masculina ou feminina – a testagem feita regularmente e durante o pré-natal, redução de danos para uso de drogas etc.
Onde encontrar:
Testes rápidos para HIV, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C:
49 Centros de Saúde, das 08h às 10h30 e das 13h às 15h30;
Centro de Testagem e Acolhimento Policlínica Centro: 7h às 17h
Policlínica Continente: 08h às 11h e das 13h às 16h
Policlínica Sul: das 08h às 11h
Preservativos masculinos e femininos:
– 49 Centros de Saúde
– 03 Policlínicas
– 02 UPAs.
Gel lubrificante:
Nas farmácias dos 49 Centros de Saúde
Atendimento para PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV):
– 49 Centros de Saúde, das 08h às 10h30 e das 13h às 15h30
– 02 UPAs, das 16h às 07h, fins de semana e feriados.
Atendimento para Tratamento de HIV:
– 49 Centros de Saúde (a pessoa será atendida pelo Médico de Família e Enfermeiro, sendo avaliado sobre a indicação de também acompanhar em conjunto com profissional infectologista).
Atendimento para PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV):
– Policlínica Centro, quando o Ministério da Saúde iniciar a distribuição do medicamento.