De janeiro a outubro deste ano, o SAMU em Santa Catarina, somente numa das áreas em que presta atendimentos, recebeu 29.895 ligações notificando que pessoas, quando caminhavam, haviam sofrido acidentes com algum tipo de queda, como tombos, tropeços, escorregões ou pisadas em falso. Esse total de ocorrências representa também que, a cada dia do mesmo período, o SAMU recebeu 98 notificações desses acidentes e que podem acarretar consequências graves, comprometendo a qualidade de vida do paciente e até levando à morte.
A maioria das vítimas de quedas assistidas pelos profissionais do SAMU foram do sexo masculino, com 58,5% dos atendimentos e 41,5% do sexo feminino. As causas externas relacionadas ao trabalho, bem como profissões de maior risco, são mais comuns entre os homens, o que resulta em mais chamados.
“A maioria das quedas não são intencionais, como quedas da própria altura ou de altura, e estão relacionadas a problemas com o ambiente. Isso porque a maior parte delas ocorre com a população ativa e, geralmente, no trabalho; em menores, as quedas estão relacionados à exploração do ambiente e acidentes na residência”, relata o médico ortopedista e coordenador médico da Macro Sul Catarinense do SAMU, Jebsen Yanagihara Coelho Galvão,
As ocorrências têm crescido na faixa etária de 0 a 19 anos. Somente em 2024, de janeiro a outubro, a Central de Regulação (CRU) direcionou 12.422 chamados para as Unidades de Suporte Avançado (USA) e Básico (USB), sendo 1.374 de crianças e adolescentes. Na faixa etária de 20 a 59 anos houve 5.862 assistências e, acima de 60 anos, 5.101 atendimentos.
De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, do Ministério da Saúde, a maioria das quedas ocorrem dentro de residências. No entanto, os obstáculos enfrentados diariamente pela população nos grandes centros urbanos, como calçadas com desníveis, buracos, acessos irregulares nos transportes públicos e iluminação precária, também podem resultar em tombos e chamados para o 192.
CUIDADOS E PREVENÇÃO:
Realizar avaliações periódicas com oftalmologista
Evitar ambientes desconhecidos e com com pouca iluminação,
Evitar escadas sem corrimão
Cadeiras, camas e vasos sanitários muito baixos e sem apoio para sentar e levantar
Nunca utilizar escadas ou bancos para realizar atividades domésticas.
Nos quartos:
Ajustar a altura da cama e se preciso for trocar o colchão por um mais firme;
Usar calçados de salto baixos e com solado que não escorregue;
Evitar armários muito altos que necessitem de bancos ou de escadas para alcançar os objetos.
Nos Banheiros:
Instalar barras de segurança nos banheiros e colocar tapetes emborrachados;
Ficar atento aos animais domésticos que circularem pela casa;
Retirar as extensões elétricas e objetos espalhados pelo chão.