Equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Samu, que estarão mobilizadas ostensivamente durante a Estação Verão, a partir do dia 15 dezembro nas praias mais movimentadas do litoral catarinense, pedem atenção dos banhistas sobre o perigo de afogamentos. Com a chegada dos dias mais quentes, a população tem frequentado também regiões de rios, lagos e litoral catarinense, áreas mais afastadas ou longe dos postos de guarda-vidas.
Desde o dia 2 deste mês, em operação pré-temporada, que encerra no dia 15 de dezembro, com a oficialização da Estação Verão, a maior incidência de ocorrências recaiu exatamente em afogamentos, inclusive com mortes, em rios, áreas particulares e praias localizadas longe dos postos de salvamento.
Para saber se há um posto ativo, a tecnologia é uma importante aliada: basta acessar o aplicativo CBMSC Cidadão, que mostra em tempo real as áreas que possuem um posto de guarda-vidas ativado. Nos locais em que aparece a bandeira preta, significa que não há posto ativado. As praias mais indicadas para banho, com baixo risco de afogamento, estão sinalizadas com a bandeira verde. Dessa forma, é possível saber quais praias estão guarnecidas antes de sair de casa.
SAMU PRESENTE
Com a mesma missão de proteger a vida de banhistas, o SAMU reforça a prevenção diante dessas situações. E para garantir ainda mais a capacitação e preparação dos profissionais dos serviços de Urgência e Emergência do SAMU, participaram na semana passada do Primeiro Curso de Emergência de Verão no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis, com conhecimento de técnicas para agir em situações de afogamentos, engasgo, intoxicação, traumas, acidentes com animais peçonhentos e outras urgências típicas de verão ou em atendimento em locais de difícil acesso como trilhas e cachoeiras.
E apesar da temporada de verão “ferver” mesmo a partir de dezembro, cerca de 59% dos afogamentos ocorrem nos meses de abril a novembro, de acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA). “Sabemos que o afogamento é uma das principais causas de morte em crianças e adultos jovens no Brasil. O número do SAMU, 192, é um dos acessos que a população tem para solicitar ajuda diante dos afogamentos. Precisamos, ainda mais, conscientizar as pessoas sobre os riscos. Salvar vidas é essencial em qualquer estação do ano”, reconhece o presidente da FAHECE, Dr. Alvin Laemmel.
Mas a maioria das mortes por afogamento poderia ser evitada com simples cuidados e atitudes,como explica a médica do SAMU/FAHECE, Cintia Tamellini. “Supervisione bebês e crianças. Eles jamais podem ficar sozinhos, sem o olhar atento de um adulto. Qualquer transporte dentro da água deve ser feito com colete salva-vidas. Além disso, é essencial ensinar os pequenos que não se deve fazer brincadeiras arriscadas na água, e se puder, ensine-os a nadar”.
Outra dica importante, segundo a profissional, é para quando o risco de afogamento ocorrer na praia: é essencial evitar aglomerações. Desta forma, as equipes que realizam o socorro conseguem trabalhar e realizar o atendimento adequado. “Sempre aconselhamos a população a não ficar perto da vítima. Em situações como nas praias, é sempre bom frisar para a população que as equipes do SAMU atendem na areia; não há atendimento no mar. O SAMU não pode retirar a vítima de dentro da água, pois quem faz isso são pessoas.