SITUAÇÃO CLIMÁTICA VAI AUMENTAR A EPIDEMIA DA DENGUE EM SANTA CATARINA

Cuidados simples mas, essenciais, para evitar a proliferação de focos do mosquito da dengue nas casas.

Com os registros de 336 mortes, mais de 48 mil focos confirmados, dentre 366 mil casos prováveis de dengue em 254 municípios de Santa Catarina neste ano, a Secretaria Estadual da Saúde, ao mesmo tempo em que intensifica as ações de combate à doença, chama a atenção da população de que as condições climáticas atuais são favoráveis à reprodução do mosquito, com riscos de aumento dos casos não só de dengue, como de chikungunya e zika vírus, nas próximas semanas. Paralelamente, a secretaria, conjuntamente com os municípios, solicitou ao Ministério da Saúde a expansão da vacinação contra a dengue para crianças de 10 a 14 anos e o aumento do financiamento para agentes de combate às endemias.

O quadro atual da dengue, diz a secretaria, está exigindo que a população intensifique os cuidados e as medidas preventivas, com o objetivo de reduzir a sua propagação, ressaltando ainda a importância de continuar com as ações de limpeza das casas e receber os agentes de combate a endemias e comunitários de saúde, que auxiliam na identificação e eliminação de focos do mosquito.

Desde o início do ano, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), tem prestado suporte técnico a todos os municípios nas atividades de controle do vetor e vigilância dos casos. Isso inclui a distribuição e aplicação de inseticidas, capacitação de equipes, visitas e reuniões técnicas, a criação de comitês para análise de óbitos relacionados a zoonoses e a ampliação de leitos hospitalares para atender pacientes com complicações clínicas.

FOCO MAIOR: “DENTRO DE CASA”

“No ano passado tivemos o pico da doença em abril e maio, esse ano iniciou em fevereiro e agora a epidemiologia está prevendo a antecipação entre novembro e dezembro, provavelmente com o pico em janeiro e fevereiro. Então estamos preparando a rede, dialogando com os municípios, mas iremos reforçar agora uma campanha nas mídias para pedir que a população nos ajude, já que 70% e 80% dos focos estão dentro das casas. O poder público vai até um ponto, em ações como nós estamos fazendo com o DETRAN, limpando pátios, mas a gente precisa da colaboração de todos”, alerta o secretário de Estado da Saúde, Diogo Dermarchi Silva.

Estão programadas atividades como capacitação de agentes, reuniões com municípios sobre vigilância e controle de vetores, discussão de planos de contingência, investigação de óbitos, manejo clínico, além de um seminário estadual e uma campanha de recolhimento de pneus. A secretaria também está adquirindo novos veículos e equipamentos para aplicação de inseticidas.

Entre as iniciativas educativas, os municípios foram incentivados a utilizar datas comemorativas, como o aniversário do SUS (19 de setembro) e o Dia D (23 de novembro), para promover ações de controle do mosquito e engajamento comunitário.

PREVENÇÃO

Medidas e cuidados simples em casa, podem eliminar os criadouros do mosquito:
– Evite o acúmulo de água da chuva em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
– Não acumule materiais descartáveis em terrenos baldios ou quintais;
– Mantenha piscinas tratadas com cloro ou esvazie-as completamente se não estiverem em uso;
– Limpe lagos e tanques ou crie peixes que se alimentem de larvas;
– Lave com escova e sabão os recipientes de água e comida de animais de estimação semanalmente;
– Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova a água acumulada nas folhas duas vezes por semana;
– Mantenha lixeiras tampadas, evite o acúmulo de lixo e guarde pneus em locais secos e cobertos.

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