Vai à sanção do governador Jorginho Mello, dois projetos aprovados pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, autorizando o Estado a contratar financiamentos internacionais de R$ 2,4 bilhões (US$ 420 milhões), com o Bird, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.
O primeiro, de R$ 680 milhões ou US$ 120 milhões, para investimentos no Programa SC Rural 2, que visa fomentar o desenvolvimento sustentável do espaço rural e pesqueiro do estado por meio da promoção da competitividade, inovação e inclusão social no contexto de emergência climática.
Já o segundo autoriza o Executivo a fazer operação de crédito de US$ 300 milhões (quase R$ 1,7 bilhão) para o Programa Estrada Boa, que prevê a realização de 60 obras em rodovias de todo o estado. Agora, as duas matérias passarão por autorização do senado federal.
RECURSOS PARA “OBRAS ESSENCIAIS”
Após as votações pela maioria dos parlamentares, o deputado Carlos Humberto (PL), líder do governo, afirmou que os juros dos empréstimos são os mais baixos do mercado e que o Estado terá 20 anos para pagá-los, com 36 meses de carência.
“É um dinheiro barato para investir em áreas essenciais para o Estado”, afirmou Humberto. “Com o crescimento da nossa economia, fruto desses investimentos, esses juros e essas dívidas vão ficar decrescentes dentro do orçamento.”
Também, os deputados José Milton Scheffer (PP), Lucas Neves (Podemos), Volnei Weber (MDB), Soratto (PL), Silvio Zancanaro (PSD), Jair Miotto (União) e Altair Silva (PP) defenderam os empréstimos e destacaram a necessidade de investimentos nas áreas da agricultura e infraestrutura rodoviária.
Já, com votos contrários, os deputados Fabiano da Luz (PT), Matheus Cadorin (Novo) e Marquito (Psol) argumentaram que os custos com os empréstimos são elevados e ficarão para o próximo governador. “O governo tem dinheiro em caixa, disse Fabiano da Luz e que não há “necessidade de fazer um financiamento desse tamanho”.
O deputado Matheus Cadorin (Novo), reconheceu a importância e a necessidade dos investimentos, mas defendeu que o governo apresente alternativas, como concessões e PPPs.