“Quero Você Eleita”, é o tema principal do seminário que a Escola do Legislativo “Deputado Lício Mauro da Silveira”, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com apoio do Tribunal Regional Eleitoral, vai realizar nesta quinta feira, em Florianópolis, para debater o fortalecimento e a participação das mulheres na política, bem como, promovendo a atuação suprapartidária e a criação de redes colaborativas.
O congresso, coincide ainda com as eleições municipais deste ano, onde a legislação define, obrigatoriamente, cotas de candidaturas femininas no pleito.
A Escola do Legislativo tem atuado em iniciativas que estimulam a participação das mulheres nos espaços de decisão, levando a Caravana da Inclusão da Mulher na Política a todas as regiões do estado, buscando sensibilizar e conscientizar as mulheres da necessidade da participação feminina na política e também com a perspectiva de investir na formação e na preparação das mulheres para ocupar cargos eletivos.
A diretora da Escola do Legislativo, ex-deputada Marlene Fengler, lembra que “a inclusão de mais mulheres é uma questão não só de justiça, mas de interesse público. A sub-representação feminina afeta negativamente o desenvolvimento e avanço da sociedade”, assinalando ainda que o seminário também tratará de vários aspectos técnicos de quem tem interesse em participar das eleições de outubro.
BRASIL DE DESIGUALDADES
No Brasil, por exemplo, a participação de mulheres no Congresso Nacional é menor do que 20%, de acordo com relatório anual da União Inter-Parlamentar (UIP) publicado em 2022, considerando o índice de representatividade na Câmara de Deputados de 17,7%, e de apenas 16% no Senado.
Estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e, em média, somente 15% de eleitas.
A desigualdade de gênero na política, porém, não ocorre apenas no Brasil, onde mais da metade da população e do eleitorado são mulheres. Apenas seis países atingiram a paridade ou tiveram uma presença maior de mulheres do que homens nos parlamentos: Nova Zelândia, Cuba, México, Nicarágua, Ruanda e Emirados Árabes.