Lembrando a tragédia que continua devastando vidas, cidades e a economia do Rio Grande do Sul, Santa Catarina também tem enfrentado enchentes de grandes proporções.
Como consequência imediata dessas catástrofes, sempre entra em discussão, principalmente, questões de planejamento e responsabilidades sobre enfrentamento dos prejuízos.
Como sobre a arrecadação geral dos impostos no Brasil, a União fica com 60% do bolo tributário e os 40% restantes divididos entre todos os estados e municípios, os polos regionais ficam extremamente dependentes da ajuda de Brasília. Em Santa Catarina, por exemplo, de cada R$ 1 dos impostos recolhidos ao Tesouro Nacional, o Estado recebe como devolução, apenas R$ 0,13.
Vamos a um fato concreto quando ocorrem emergências sob desastres naturais e o estado precisa de respostas do governo federal: Entre os meses de outubro e novembro do ano passado, 221 municípios catarinenses foram atingidos por chuvas e enchentes, sendo 204 em situação de emergência, 14 sob calamidade pública, 15 mortos, 14 desaparecidos e mais de 160 mil desalojados.Levantamento oficial apontou R$ 15,7 bilhões de prejuízos sobre o patrimônio público e privado.
COMEÇA O “CALVÁRIO”
Em meio às enchentes, ministros do governo Lula estiveram aqui no Estado, como nas regiões do Vale e Alto Vale do Itajaí, as mais afetadas, reconheceram a situação de calamidade, assumindo compromissos de repassar imediatamente recursos e ações emergenciais.
Passados praticamente seis meses daquelas enchentes, o governo federal liberou dos R$ 150 milhões prometidos, R$ 95 milhões para apenas 75 cidades.
Há duas semanas, para piorar a situação, o governo Lula “brecou” R$ 59 milhões “carimbados” de emendas dos parlamentares federais catarinenses, exatamente destinados para projetos de contenção de cheias no Estado.
RESPOSTAS DE SC
Já o governador Jorginho Mello que, em dezembro do ano passado, autorizou investimentos de mais de R$ 3,4 bilhões, para ações imediatas e de médio prazo em Santa Catarina e, no sábado passado, em Rio do Sul, assinou a ordem de serviço que deu início às obras de dragagem do Rio Itajaí-Açu, orçadas em R$ 16 milhões do orçamento do Estado.