Demonstrando preocupações com atraso na conclusão das obras da Estação de Tratamento de Esgoto no bairro de Potecas em São José, o prefeito Orvino Coelho de Ávila vai pedir ao judiciário que, no dia 30, acompanhe uma nova vistoria no canteiro de obras. “É uma promessa de longa data e de muita espera, precisamos da ajuda do Judiciário para cobrar para que ela fique concluídas o quanto antes possível”, disse o prefeito.
Na manhã de hoje, o prefeito esteve no local e verificou que o projeto, pelo andamento dos serviços, a empresa contratada pela Casan, não possa cumprir o novo prazo de conclusão firmado para dezembro do ano que vem.
Para o prefeito, a população de São José não aceita mais atrasos na entrega da obra, que é considerada a maior do estado no segmento. Ele lembra que pelo acordo feito com o Judiciário em 2022, a companhia teria até maio de 2024 para entregar a nova estação de tratamento, inclusive foi assinado um Termo Aditivo no Contrato de Concessão. “Em fevereiro de 2021 solicitei uma audiência com o juiz da Fazenda e as promotorias do Meio Ambiente e Moralidade Administrativa e iniciei uma movimentação para solucionar esta questão, que perdurou durante outras gestões e com a assinatura do Termo Aditivo foi possível chegar em uma conclusão para este caso antigo”.
CASAN GARANTE PRAZO
O presidente da Casan, Edson Moritz, reconheceu que as obras de Potecas está atrasada. “O importa é que conseguimos, por meio de debentures aprovados pelo Ministério das Cidades, recursos para realização das obras”. O investimento total previsto da Casan é de R$ 270 milhões.
Ele informa que a companhia está preparando uma rodada de “road Show”, que é um tipo de evento onde a empresa apresenta um produto ou negócio em específico, com bancos e investidores. “Acreditamos que até 10 de dezembro esses recursos estejam aprovados e eles serão a garantia para conclusão da obra, é um recurso exclusivo para Potecas”. Moritz afirma que com base nestes recursos a companhia terá capacidade para trocar a obra na velocidade mais rápida possível.
Segundo o prefeito, mesmo com a promessa da diretoria da Casan de que haverá um maior número de funcionários a partir de dezembro, isso não quer dizer que as obras vão ser aceleradas. “Ter paciência é uma coisa, mas a nossa sensação é de que a obra não sai, mesmo com mais trabalhadores, precisamos que eles antecipem o quanto antes o prazo de conclusão. A população não aguenta mais esse atraso”.