A decisão técnica do governo do Estado, de fechar as comportas das barragens localizadas na região do Alto Vale do Itajaí, foi essencial para diminuir os impactos do alto volume de águas despejado pelas represas que, sem essa operação, colocava em risco de tragédia cobre as cidades da região, como Taió, Rio do Sul e Blumenau. A operação só foi retardada porque um grupo de radicais, sem fato determinado mas com viés político ideológico, tentavam impedir a entrada de técnicos da Defesa Civil para manobras na Casa de Máquinas. Aliás, antes de deixar o local, esse grupo baderneiro ainda danificou equipamentos. A Polícia Militar estava no local e só depois de longa conversa e negociação conseguiu liberar a área estratégica da barragem de José Boiteux.
Hoje, na sede da Defesa Civil em Florianópolis, representantes das forças de segurança do governo, em entrevista à imprensa, fizeram um balanço de toda a situação. “A gente segue monitorando as condições para operações futuras, mas por enquanto as barragens cumpriram plenamente o seu potencial de mitigar as cheias no Vale do Itajaí. As barragens de Taió e Ituporanga chegaram a verter mais de 120% da sua capacidade. Isso mostrando uma reservação adicional do seu volume normal, que seria sem o vertimento e isso com certeza mitigou os impactos das cheias no vale do Itajaí, explica o coordenador de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina, Frederico Rudorff.
As barragens em todo o Vale do Itajaí foram operadas de forma a minimizar os impactos das cheias no Vale do Itajaí. O rio Itajaí-açu, em Blumenau, por exemplo, atingiu o pico em 10,18 m e agora está baixando. “O rio Itajaí-açu, em Blumenau, atingiu o pico em 10,18 m e agora está baixando. A última leitura agora está em 9,9 m, em recessão. É lenta a recessão. A gente espera que ele continue baixando nas próximas horas, no decorrer dos próximos dias, pelo menos até quarta-feira, 11, quando a gente espera ter novos volumes de chuva, reforça Rudorff.
A barragem de José Boiteux permanece com as comportas fechadas, então conseguiu fazer o amortecimento da onda de cheia que chegou do médio vale do Itajaí e também do baixo vale. Quando teve as comportas fechadas, ela estava em 35% da capacidade e, na manhã desta segunda-feira, opera com 60% da capacidade do seu reservatório.
“Desde a quarta-feira da semana passada, já foram fechadas as barragens de Taió e Ituporanga. Elas verteram. Elas estão diminuindo, nessa cota de vertimento gradativamente, atingiram o pico de vertimento nesta madrugada, e a tendência é que elas vão esvaziando gradativamente”, explica o coordenador de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de SC.