A Controladoria Geral de Florianópolis está operando com um verdadeiro “pente fino” sobre os processos em tramitação que pedem licenciamento e alvarás de construções. A determinação do prefeito Topazio Neto está aparelhada com o Núcleo Anticorrupção que também tem a participação da Polícia Civil. Os exames sobre os processos investigam suposto envolvimento de servidores na cobrança de propinas contra demolição ou outros favorecimentos na liberação de licenças.
Como consequências das auditorias coordenadas pela Controladoria Geral, dois ocupantes de cargos do primeiro escalão pediram afastamento: o secretário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Nelson Matto, e a presidente da Floram, Beatriz Kowalski que alegaram para que a investigação possa ser realizada com maior transparência. O prefeito Topázio disse que “sobre eles, não pesa nenhum indício de irregularidade, mas preferiram estar de fora para demonstrar lisura nos processos. Vão, inclusive, procurar a polícia espontaneamente para ajudar nas investigações”, explicou.
Mesmo sem a solicitação formal, a Procuradoria Geral de Florianópolis vai encaminhar nos próximos dias à justiça todas as cópias de processos que tiveram envolvimento dos investigados. A ideia é que o poder judiciário possa acompanhar a auditoria interna da prefeitura em tempo real.
Determinado na apuração de todos fatos e indícios de irregularidades, Topázio Neto não descartou novos desdobramentos de operações em relação ao caso, principalmente após auditoria da Controladoria. De acordo com Topázio, novas denúncias têm chegado no município e serão compartilhadas com a Polícia Civil. “Tanto do caso da Floram quanto de outras possíveis irregularidades, estamos apurando qualquer indício. Não descartamos novas ações para combater a corrupção em Florianópolis”, disse Topázio.