SAÚDE MONITORA E COMBATE CASOS DE VIROSE NOS BALNEÁRIOS DO LITORAL DE SC

Com o número acentuado de casos de virose – diarreia aguda, náusea, febre, vômito e dor abdominal -, causada por vírus bactérias e fungos,  registrados, especialmente nas cidades litorâneas catarinenses, as áreas técnicas de vigilância epidemiológica e sanitária do governo do Estado vêm realizando reuniões com agentes regionais para ações de identificação e combate à doença. Esses encontros discutem o cenário e as estratégias de vigilância diante do crescimento de casos, buscando obter mais informações sobre os sintomas apresentados pelos pacientes, além de definir detalhes da coleta de amostras para a identificação dos agentes causadores da doença neste momento.As amostras obtidas pelas unidades sentinelas são processadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) para que seja possível identificar o agente causador do surto de casos e entender o perfil epidemiológico da doença.

As altas temperaturas, típicas do verão, e o aumento no fluxo de pessoas, especialmente nas cidades litorâneas, faz com que os casos de doenças diarreicas agudas sejam mais frequentes nesta época do ano.

Alguns comportamentos que contribuem são: ingestão de água, gelo ou de alimentos contaminados, de procedência desconhecida; consumo de carnes, pescados e/ou marisco crus ou malcozidos; alimentos sem conservação necessária; banhos em águas de praias impróprias/poluídas; contato direto com uma pessoa doente ou falta de higiene, como a lavagem frequente das mãos.

De forma geral, os casos são leves e podem durar até 14 dias. No entanto, em crianças e idosos pode ocorrer uma desidratação grave. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas e, caso não ocorra melhora do paciente ou ele apresente complicações no quadro, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente.

AGRAVAMENTO E CONSEQUÊNCIAS

A Secretaria da Saúde ressalta que a DDA não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, não há obrigatoriedade de notificação de todas as ocorrências. O agravo é monitorado por meio de unidades de saúde que atendem os casos, sendo que todos os municípios catarinenses contam com pelo menos uma unidade.

As unidades sentinelas fazem parte de um programa de âmbito Nacional e pretende acompanhar o perfil das doenças diarreicas nos municípios, buscando identificar alterações nos padrões de ocorrência. A partir disso, é possível direcionar as recomendações de prevenção e realizar a coleta de amostras para identificar os agentes causais.

Para prevenir as doenças diarreicas agudas, é importante: Lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel, especialmente antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular e preparar alimentos, amamentar e tocar em animais;
Beber bastante água desde que seja filtrada, tratada ou fervida. Não consumir água sem saber a procedência;
Não utilizar gelo de procedência desconhecida;
Não consumir alimentos fora do prazo de validade, mesmo com boa aparência;
Alimentos deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados, não devem ser consumidos;
Não consumir alimentos em conserva se as embalagens estiverem estufadas ou amassadas;
Evitar o consumo de alimentos crus ou malcozidos, principalmente carnes, pescados e mariscos, ou de procedência desconhecida;
Embalar adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;
Não tomar banho em águas de praias impróprias/poluídas;
Higienizar frutas, legumes e verduras com solução de hipoclorito a 2,5% (diluir uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos, lavando em água corrente em seguida para retirar resíduos);
Lavar e desinfetar superfícies e utensílios usados na preparação de alimentos.

 

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