Enaltecendo a aproximação do governo com o legislativo, o governador Carlos Moisés (sem partido) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Moacir Sopelsa (MDB), após a leitura, em plenário, da mensagem anual de governo para 2022, lembraram ainda, durante entrevista à imprensa na tarde de hoje, que após três anos do mandato e da pandemia do Covid-19, a transferência recorde de recursos para as prefeituras e os investimentos feitos pelo governo do Estado.
Sopelsa lembrou que mesmo após dois anos de enfrentamento da pandemia da Covid-19, onde as pessoas tiveram que aprender a conviver com o novo coronavírus, o trabalho desenvolvido pelo Executivo e Legislativo continuou. “Este trabalho vem sendo feito por meio de investimentos nos municípios, olhando para saúde, infraestrutura, segurança pública, educação. Nunca em toda minha vida pública acompanhei um governo com tantos recursos disponibilizados para os municípios.”
Deputado com seis mandatos, ex-prefeito e ex-vereador de Concórdia, Sopelsa disse que até brincou com o governador Carlos Moisés de que se soubesse que haveria tantos recursos para os municípios neste ano teria concorrido a prefeito nas eleições de 2020. “Esses recursos estão sendo distribuídos de forma a atender as pessoas. O governo e o governador estão de parabéns, assim como a nossa Casa, por ter contribuído com a legislação permitindo que isto esteja ocorrendo.”
Em relação às eleições, o presidente confirmou que o Parlamento vai cumprir com sua missão, analisando todos os projetos de origem governamental e dos deputados, vetos e outras proposições, mas sempre respeitando a legislação eleitoral. “A Alesc não vai deixar de forma alguma de cumprir com sua missão. Os deputados vão debater todos os projetos e avaliar cada um deles. Vamos construir com os líderes dos partidos e com a Mesa Diretora um cronograma de trabalho para atender o pleito eleitoral.”
AÇÕES DO GOVERNO
O governador Carlos Moisés destacou na coletiva, os investimentos no Plano 1000. Num intervalo de cinco anos, serão repassados R$ 7,3 bilhões aos 295 municípios. Pela metodologia adotada, cada cidade receberá R$ 1 mil por habitante. Ele enfatizou que o montante transferido voluntariamente às cidades catarinenses desde 2019 alcançou R$ 3,5 bilhões para investimentos diretos nos locais onde as pessoas vivem e trabalham.
“Somos, acima de tudo, um governo municipalista. Trabalhamos para reproduzir aqui o modelo de pactuação que queremos em todo o país, sem concentração de recursos, dividindo responsabilidades e a execução de obras e prestação de serviços à população. Tudo isso de maneira equânime, somando forças e potencializando resultados, com transparência e integridade. É isso o que pede a população a seus gestores: responsabilidade, respeito, igualdade.”
Moisés também enalteceu a parceria entre os Poderes, principalmente com a Assembleia Legislativa, lembrando que no ano passado foi construída uma aproximação com o ex-presidente Mauro de Nadal (MDB) e que terá continuidade com Moacir Sopelsa. “Com a experiência política do deputado Moacir Sopelsa, não temos nenhuma dúvida que esse estreitamento vá acontecer ainda mais, até pelo respeito que ele tem com os demais parlamentares.”
Ele defendeu que a bandeira do governo é a infraestrutura, mas que a marca dele é o municipalismo. “O municipalismo foi uma bandeira que levantamos e creio que hoje a bandeira de nosso governo é a infraestrutura e a marca é o municipalismo. Desde o compromisso do pagamento das emendas parlamentares, pagando mais de R$ 1,5 bilhão em obras e serviços. Todo esse recurso vai para os municípios, onde as pessoas vivem, onde elas têm suas atividades, demandas.”
Sobre a demora no início das obras no estado, o governador afirmou que não pode atribuir a pessoas, mas que vem observando que os recursos estaduais estão disponíveis e que a medição das obras está aquém do que era previsto. Ele citou o exemplo da BR-163, no Extremo-Oeste, onde as obras não iniciaram ainda, mesmo havendo recursos disponíveis enquanto que no trecho estadualizado, a SC-163, os trabalhos estão sendo realizados. “A gente precisa de resposta das empreiteiras, de quem faz a gestão federal dos recursos disponíveis para que as obras possam andar de fato. O governo estadual fez o seu gesto de colocar os recursos.”