Depois das manifestações de sexta feira e de hoje em várias cidades brasileiras, as centrais sindicais prometem continuar com protestos e que os últimos dois dias foram “apenas de preparação para outros embates que vão seguir contra as reformas trabalhista e previdenciária”. Para “incentivar” a participação popular nesses movimentos, a CUT, só em São Paulo, hoje, fez o sorteio de um carro importado, distribuição de cestas de chocolates e, relembrando comícios de campanhas eleitorais, ofereceu ainda shows com três duplas sertanejas do cenário nacional. Durante os discursos de sexta e de hoje, primeiro de maio, representantes da CUT e o próprio presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (o Paulinho da Força, investigado na Lava Jato, acusado de receber propina da Odebrecht) nada falaram sobre os mais de 14 milhões de desempregados no Brasil.
Além da reforma da Previdência, a maior “atenção” das centrais sindicais e dos sindicatos está voltada para a votação da reforma trabalhista no senado e que deve acontecer nesta semana. É que, na Câmara, o projeto aprovado acabou com o pagamento obrigatório do imposto sindical, um dia de trabalho que, sumariamente, todos os trabalhadores pagam anualmente aos mais de 17 mil sindicatos do País.Sem esse “cofre”, muitos sindicatos vão fechar às portas ou terão que, de fato, atender e defender os interesses dos trabalhadores, já que a contribuição sindical passa a ser espontânea
